Êxodo 19 Estudo: Moisés Sobe ao Monte Sinai e Fala com Deus

Neste capítulo de Êxodo 19 estudo, veremos que, Moisés, sobe ao monte Sinai, oportunidade em que Deus manda que ele relembrasse o povo de todo o Seu livramento e faz uma aliança com eles, aduzindo que, se a seguissem, seriam reino de sacerdotes e nação santa.

Então, Moisés expos aos anciãos e, ao povo, todas as palavras. Após, o povo concorda em obedecer ao Senhor.

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Então Deus diz que viria a Moisés em voz audível a todos, determinando, ainda que se purificassem para que, no terceiro dia, O vissem descer no monte.

Deu orientação, também, para que não se aproximassem do espaço delimitado. Então, assim ocorreu, Deus apareceu, como fogo, de maneira tremenda, e mandou que apenas Moisés e Arão subissem.

Êxodo 19 estudo: Contexto histórico

Anteriormente, vimos que Jetro, sogro de Moisés, leva sua filha, Zípora, de volta, para junto do esposo, bem como seus filhos.

No dia seguinte, após ter sido recepcionado por Moisés, Jetro, ao vê-lo atendendo o povo, desde a manhã, até o fim do dia, o orienta a escolher pessoas capazes a lhe ajudar nessas tarefas e Moisés assim o faz. Estes julgavam as causas mais simples e Moisés passou a julgar as causas mais graves.



(Êxodo 19:1-2) O pacto do Senhor

v. 1 No terceiro mês, quando os filhos de Israel haviam saído da terra do Egito, no mesmo dia entraram no deserto do Sinai.

v. 2 Porque haviam partido de Refidim, e chegaram ao deserto do Sinai, e tinham acampado no deserto; e ali Israel acampou diante do monte.

Esta seção descreve eventos em torno do estabelecimento do pacto entre o Senhor e Israel, usando práticas e termos familiares na cultura.

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Quando um rei poderoso (o suserano) enviava um tratado a um rei menos poderoso (o vassalo) informando a ele e a seu povo as intenções do suserano de governá-lo, o tratado continha:

  1. Uma auto identificação formal do governante mais poderoso;
  2. Uma resenha da história entre as partes como fundamento para a publicação e a aceitação do pacto;
  3. Os requisitos de lealdade ao suserano;
  4. Estipulações regulando a conduta futura dos vassalos;
  5. Consequências positivas e negativas para a obediência ou desobediência; e
  6. Instruções para cópia, armazenagem e leitura pública do pacto.

O pacto mosaico com suas leis foi dado ao povo que tinha manifestado confiança no Senhor (Ex 14:31) – um povo já resgatado do Egito. Seu propósito não era prover um meio para o povo iniciar ou merecer um relacionamento com o Senhor.


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Pelo contrário, o pacto era um meio de comunicação daquilo que Israel deveria fazer como povo que já pertencia ao Senhor. O pacto estava ligado àquilo que o Senhor já tinha feito pelos israelitas.

Esta era a razão pela qual era apropriado que eles o guardassem. Para seu conteúdo e sistema de valores, o pacto estava, além disso, ligado àquilo que o Senhor tinha feito e continuaria a fazer na expressão de Seu próprio caráter.

Justiça

Por exemplo, por Sua preocupação com a justiça e Sua preocupação com os membros mais fracos da sociedade Ele contém alguns regulamentos individuais que eram compartilhados por códigos legais extrabíblicos e pela literatura sapiencial.

No pacto que o Senhor publicou. estas leis existem em uma estrutura que as liga à tarefa de manifestar o caráter do Senhor.

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Exatamente como os atos do próprio Senhor tinham revelado quem Ele é, assim também os atos de Seu povo deveriam manifestar o caráter do Senhor Outros códigos legais (como o do rei babilônico Hamurabi) eram pronunciamentos de um rei humano e podiam ser oferecidos a uma divindade para mostrar que o rei merecia a aprovação e o apoio da divindade.

As leis de Israel vieram de seu Deus com o reconhecimento de que o povo que reivindica o Senhor como Deus deveria se assemelhar a Ele em sua conduta.


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Isso fazia parte do benefício de se pertencer a Ele, não era um meio de se obter essa condição (Dt 10:12-13).

Êxodo 19:3-6 – Um plano de libertação

O programa de Deus para o futuro de Israel é o próximo passo na realização de Seu plano de tirar Israel do Egito (Lv 26:12).

(Êxodo 19:3) Um homem de Deus

v. 3 E Moisés subiu a Deus, e o SENHOR o chamou do monte, dizendo: Assim dirás à casa de Jacó, e falarás aos filhos de Israel:

Um dos objetivos das três subidas e descidas de Moisés ao monte era esclarecer visualmente a função e os privilégios singulares que ele receberia.

O povo precisava reconhecer a sua autoridade como representante de Deus e a importância de sua mensagem.

(Êxodo 19:4) Como águias

v. 4 Vistes o que fiz aos egípcios, e como vos carreguei sobre asas de águia, e vos trouxe a mim.

A provisão de Deus no passado deveria servir de base para as decisões futuras de Israel. A menção de serem transportados sobre asas de águias envolvia uma comparação entre a ação do Senhor na retirada de Israel do Egito e as águias que às vezes carregavam seus filhotes sobre si (Dt 32:10-11). As águias também eram notáveis por sua velocidade, seus longos voos e altos ninhos (2Sm 1:23).

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(Êxodo 19:5) Um tesouro peculiar

v. 5 Agora, portanto, se vós obedeceis a minha voz, e guardais o meu pacto, então sereis o meu tesouro peculiar acima de todos os povos, pois toda a terra é minha.

O Senhor desejava que Israel fosse conhecido por aquilo que Ele tinha feito bem como pelo que eles fariam. Meu tesouro peculiar usa uma palavra que às vezes é traduzida como “riqueza”.

Davi a usou para falar de suas “próprias riquezas, ouro e prata” que ele reservou para a construção do templo (1Cr 29:3).

Na literatura extrabíblica, um rei às vezes usava uma palavra estreitamente relacionada para falar positivamente de um vassalo com quem ele tinha um bom relacionamento e onde um rei, em seu selo real, se auto proclamava a rica possessão de um determinado Deus.

(Êxodo 19:6) Sacerdócio santo

v. 6 E sereis para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel.

As ideias de sacerdócio e santidade seguem juntas, uma vez que requisitos especiais distinguiam os sacerdotes como separados para um serviço especial em benefício das outras pessoas (Lv 21).

A tarefa dos sacerdotes incluía ajudar as pessoas a oferecer sacrifícios a Deus, de acordo com a necessidade ou a condição da pessoa (Lv 1-7).

Os sacerdotes atuavam como juízes, tanto em questões de pureza ritual como em controvérsias civis (Lv 13-14), e ensinavam a lei de Deus (Lv 10:11). Estas tarefas apontavam para a obra de Israel entre as nações.

Assim como o sacerdócio em Israel era para a nação como um todo, assim também Israel deveria ser para as outras nações; assim como os sacerdotes israelitas possuíam requisitos, deveres e privilégios únicos entre os israelitas, assim também Israel teria requisitos, deveres e privilégios únicos entre as nações (Lv 20:22-26).

Êxodo 19:9-25 – Propriedade pessoal

Os preparativos para um encontro entre o Senhor os israelitas continuam a metáfora ampliada que compara o Senhor a um grande rei promulgando um pacto para os seus vassalos.

O Senhor tinha escolhido vir ao monte Sinai de modo a revelar a Sua presença e comunicar-se com os israelitas, fazendo deles Sua “propriedade pessoal”, onde ninguém deveria esperar entrar ou sair sem a vontade do possuidor.

Pois, uma vez que o Senhor visitava aquele lugar, era um lugar santo, uma extensão de Sua corte real. Para alguém ali chegar era necessária uma convocação real. Não era um encontro casual de iguais.

(Êxodo 19:9) A responsabilidade de Israel

v. 9 E o SENHOR disse a Moisés: Eis que eu virei a ti em uma densa nuvem, para que o povo ouça quando eu falar contigo e creia em ti para sempre. E Moisés disse as palavras do povo ao SENHOR.

Esta declaração da intenção de Deus aumenta a gravidade de futuros fracassos do povo por deixar de confiar em Moisés.

(Êxodo 19:10) Vestes limpas

v. 10 E o SENHOR disse a Moisés: Vai ao povo e santifica-os hoje e amanhã, e faze com que lavem suas vestes,

A exigência para que fossem purificados e usassem vestes limpas envolvia todas as pessoas na preparação. Quando convocado pelo Faraó, José igualmente trocou de roupa antes de comparecer à corte (Gn 41:14).

(Êxodo 19:12) Delimitações

v. 12 E tu estabelecerás limites ao povo em redor, dizendo: Fiquem atentos para que não subais ao monte ou toqueis os seus limites; todo aquele que tocar no monte certamente morrerá.

Deixar de observar os limites constituía um sinal de desrespeito. Quem transgredisse a advertência morreria. Esse era o mesmo caso com reis meramente humanos cujas medidas de santidade e segurança fossem violadas (Et 4:11).

(Êxodo 19:15) Purificação

v. 15 E ele disse ao povo: Estai prontos no terceiro dia, e não chegueis a suas esposas.

A abstenção sexual evitaria o contato com sêmen, que causava impureza ritual (Lv 15:16-18). Considerando a prática pagã de misturar a atividade sexual com rituais religiosos, esta proibição pode também ter contribuído para a separação de tais práticas do culto do Senhor.

Pelo menos, isso marcava uma mudança na vida e uma reorientação da atenção para os israelitas (cp. 1Co 7:5).

(Êxodo 19:16-17) A revelação da presença de Deus

v. 16 E aconteceu que, no terceiro dia de manhã, houve trovões e relâmpagos, e uma densa nuvem sobre o monte, e a voz da trombeta soou o toque longo, assim tremeu todo o povo que estava no acampamento.

v. 17 E Moisés levou o povo para fora do acampamento ao encontro de Deus; e ficaram ao pé do monte.

Todos esses fenômenos estão associados a ocasiões em que Deus revelou a Sua presença (Jz 5:4-5)

(Êxodo 19:18) A fumaça

v. 18 E o monte Sinai estava todo ele envolto em fumaça, porque o SENHOR desceu sobre ele em fogo. E a fumaça dele subia como a fumaça de um forno, e todo o monte tremia grandemente.

Como a fumaça de um forno, usa a palavra para fornalha que também aparece em 9:8,10. Seu único outro uso é para descrever a origem da fumaça comparada àquela que veio das ruínas de Sodoma e Gomorra (Gn 19:28).

Todo o monte tremia grandemente usando o mesmo verbo da declaração de que “assim tremeu todo povo que estava no acampamento” (v.16).

(Êxodo 19:21) Advertências aos israelitas

v. 21 E disse o SENHOR a Moisés: Desce, adverte o povo, para que não ultrapasse para ver o SENHOR e muitos deles morram.

A advertência de Moisés para não… ver o SENHOR sob pena de morte mostra a preocupação de Deus de proteger os israelitas e de revelar a eles Sua impressionante realidade pessoal.

Ele não pode ser tratado como um objeto de curiosidade a que alguém pudesse se achegar, examinar à vontade e então ir embora sem um compromisso pessoal.

(Êxodo 19:22) A santificação dos sacerdotes

v. 22 E que também os sacerdotes, que se chegam ao SENHOR, se santifiquem, para que o SENHOR não se lance sobre eles.

A referência a sacerdotes aqui e no versículo 24 é entendida por alguns intérpretes como anacrônica, uma vez que Arão e seus filhos foram designados sacerdotes em uma ocasião posterior (Ex 28:1).

No entanto, com base em práticas antigas, teria sido normal escolher israelitas para servirem como sacerdotes mesmo antes da designação formal do sacerdócio aarônico.

O conhecimento de sacrifícios, de intercessão, de consagração e de atividades sacerdotais é dado como certo por todo o livro de Gênesis e de Êxodo (Gn 14:18-20).

Em anos posteriores, israelitas desobedientes designaram sacerdotes para atender seus próprios objetivos (Jz 17:1-5).

Conclusão

Neste capítulo, vemos os israelitas avançando no conhecimento do Deus de Israel. O Senhor, agora, se faria ouvir. Naquele momento, Ele chama o povo a concordar com um novo pacto.

Deus deixa clara a designação do povo de Israel para ser sacerdote e nação santa, ou seja, eles seriam responsáveis por levar as nações a Deus e ensinar como ser um povo exclusivo e de boas obras (Tito 2:14).

Nesta época, no antigo Oriente Próximo, existiam alianças que designavam as relações entre os indivíduos.

Neste momento, Deus faz alusão a uma aliança que designava uma relação de senhor e servo. Esta linguagem seria facilmente compreendida, desta forma, pelos israelitas.

Vemos, aqui, que Deus se apresenta ao povo como fogo, como fizera a Moisés, na sarça ardente, denotando Seu caráter purificador.

Ainda, vemos as determinações de reverência, delimitação de aproximação, purificação, demonstrando a incompatibilidade entre santidade e impureza.

As escrituras revelam claramente que o Senhor intentava ensinar temor aos israelitas. Por isso, é importante compreender que, o temor, é um elemento indispensável na fé.

O temor ao Senhor gera obediência (Deuteronômio 8:6) e santidade (2 Coríntios 7:1)! Se tememos, O adoramos com obediência, ou seja, cuidando para que tudo seja à Sua maneira, aceitável, uma vez que Ele é fogo consumidor (Hebreus 12:28-29).

O temor do Senhor é o ponto de partida; é o princípio da sabedoria (Salmo 111:10).

Êxodo 19 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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