Jeremias 31 Estudo: Há Esperança Para Seu Futuro

No capítulo 31 de Jeremias, é descrito a parte final da mensagem de Deus ao povo de Israel. Os israelitas estavam cativos em uma terra estrangeira devido aos pecados cometidos durante décadas, mas mesmo assim Deus os amava e não iria castigá-los para sempre.

Desde o capítulo 29, o Senhor estava dando algumas orientações para os israelitas sobre os próximos anos de sua estadia na Babilônia, por meio de uma carta escrita pelo profeta Jeremias. E, agora, explica como aquela condição era temporária para manter viva a esperança de tempos melhores em seus corações.

Contexto histórico

O contexto de Jeremias 31 trata-se do período no qual os israelitas estavam exilados na Babilônia. Apesar do profeta Jeremias ter pregado a mensagem do arrependimento durante 23 anos para alertá-los, eles não quiseram ouvir a orientação divina.

Dessa forma, a obstinação dos israelitas faziam seus corações ficarem cada vez mais distantes de Deus, provocando sua ira de diversas formas.



Sem outra escolha, o Senhor Deus permitiu ao rei da Babilônia, Nabucodonosor, conquistar Jerusalém e levar todo o povo israelita cativo para sua terra. No entanto, o desejo de Deus não era destruir totalmente os filhos de Israel, mas fazer eles melhorarem o seu caminho.

Ele nunca quis que os israelitas aprendessem pelos erros e só recorreu a esse método quando percebeu que o povo só iria abandonar suas práticas pecaminosas se fosse pelo sofrimento. Por isso, o Senhor dá ênfase ao seu amor pelo povo israelita e à renovação de aliança entre eles. Acompanhe a seguir o estudo completo de Jeremias 31.

(Jeremias 31:1-6) A todas as famílias de Israel

Nesses versículos, o Senhor declara que reunificará todo o Israel. Suas palavras de conforto são endereçadas a todas as famílias de Israel.

¹ Ao mesmo tempo, diz o Senhor, eu serei o Deus de todas as famílias de Israel, e eles serão meu povo
² Assim diz o Senhor: O povo que sobrou da espada encontrou graça no deserto, eu irei e darei descanso a Israel.

A combinação de deserto com o povo que sobrou da espada vincula o êxodo e a experiência do ermo ao retorno do exílio da Assíria. Os sobreviventes de ambos os eventos gozam do favor e da graça de Deus.

(Jeremias 31:3) Amor eterno

³ O Senhor apareceu a mim há muito tempo dizendo: Sim, eu te amei com um amor eterno, portanto, com ternura te atrai.

O amor de Deis por Israel continua até o presente ( Dt 7:8; 10:15; Os 11:1). É um amor eterno e com ternura.

(Jeremias 31:4-5) Futuro de Israel

Novamente te edificarei, e tu serás edificada, ó virgem Israel. Tu serás novamente adornada com teus tamborins, e sairás nas danças daqueles que festejam.


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Tu ainda plantarás vinhas sobre os montes de Samaria. Os plantadores plantarão, e as comerão como coisas comuns

Com uma tríplice repetição de novamente(2) e ainda(1), o futuro de Israel se assemelha ao seu passado. Deus retrata o seu amor por Israel referindo-se a nação como sua virgem noiva (Jr 2:1-3), (Os 2:14-23), chamando à lembranças os primeiros dias no deserto.

(Jeremias 31:6) O monte Efraim

Porque haverá um dia em que os sentinelas sobre o monte Efraim gritarão: Levantai-vos, e deixai-nos subir para Sião para o Senhor nosso Deus.

O pressuposto é que o templo será reconstruído em Jerusalém. Efraim, representando as dez tribos de Israel, novamente subirá a Sião para adorar.

(Jeremias 31:7) Chefes das nações

Porque assim diz o Senhor: Cantai com júbilo por Jacó, e gritai no meio dos chefes das nações. Divulgai vós, louvai vós, e dizei: Ó Senhor, salve teu povo, o remanescente de Israel.

Israel é chamado de chefes das nações (Dt 26:19; Am 6:1) porque é o ovo eleito de Yahweh. Cinco imperativos (cantai…gritai…divulgai… louvai vós, e dizei) são dados a Israel para comemorar o grande livramento de Deus para o remanescente de Israel.

(Jeremias 31:8) Região do norte

 Eis que eu os trarei da região do norte, e os reunirei dos litorais da terra, e com eles o cego e o aleijado, a mulher com filho e aquela que está em parto, um grande grupo retornará para lá.


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A futura restauração de Deus virá não somente da região do norte (Assíria e Babilônia), mas também dos litorais da terra. Isso se refere a uma reunião de âmbito mundial da qual ninguém será excluído.

(Jeremias 31:9) Efraim é meu primogênito

Eles virão com choro, e com súplicas eu os conduzirei, eu os farei andar próximos a rios de águas, em um caminho reto, em que eles não tropeçarão, pois eu sou um pai para Israel, e Efraim é meu primogênito.

A expressão Efraim é meu primogênito não significa primeiro de acordo com a cronologia (Efraim era o segundo filho de José), mas primeiro em posição e prioridade, exatamente como Israel era chamado de “primeiro filho” de Deus (Êx 4:22).

Jacó (Israel) era o “primeiro filho” do Senhor, embora fosse o segundo filho de Isaque. Davi, o oitavo filho de Jessé, é chamado de “primogênito” no Sl 89:27, e Jesus é chamado de “o primogênito de toda a criatura” (Cl 1:15 e Ap 1:5), ambos significando primeiro em posição e importância e não cronologicamente.

(Jeremias 31:10-11) Aquele que espalhou Israel o reunirá

¹⁰ Ouvi a palavra do Senhor, ó nações, e declarai isto nas ilhas de longe, e dizei: Aquele que espalhou Israel o reunirá e o manterá, como o pastor faz ao seu rebanho.

¹¹ Pois o Senhor redimiu a Jacó, e o resgatou da mão daquele que era mais forte do que ele.

As nações, todas os gentios, devem ouvir que Aquele que espalhou Israel o reunirá.

O Senhor redibiu a Jacó, como se o próprio Deus tivesse pago o preço do resgato (Lv 25:25-48) (Nm 35:12-9) (Rt 2:20) homem de quem se esperava que resgatasse um parente próximo de um perigo ou privação.

(Jeremias 31:12-15) Raquel, mãe de José

¹² Portanto, eles virão e cantarão no cume de Sião, e correrão juntos para as bondades do Senhor, para o trigo, e para o vinho, e para o azeite, e para a cria do rebanho e da manada. E a sua alma será como um jardim regado, e nunca mais andarão tristes.

¹³ Então a virgem se regozijará na dança, tanto homens jovens quanto velhos, pois eu tornarei o seu pranto em alegria, e os consolarei, e farei com que se regozijem de sua tristeza.

¹⁴ E eu saciarei a alma dos sacerdotes com gordura, e o meu povo se satisfará em minha bondade, diz o Senhor.

¹⁵ Assim diz o Senhor: Uma voz foi ouvida em Ramá, lamentação, e choro amargo. Raquel chorando pelos seus filhos, porque eles já não existem.

Comentários, v 12-14: As colheitas crescerão e, como consequência a porção dos sacerdotes aumentará com gordura (fartura).

v 15: Raquel, mão de José, é retratada como chorando em Ramá, cidade a oito quilômetros ao norte de Jerusalém. Ramá serviu de ponto de partida para a deportação para a Babilônia (Jr 40: 1-4)

Raquel era a esposa favorita de Jacó, e morreu dando à luz a Benjamim (Gn 35:18). Ela também é mencionada como a mãe de todas as dez tribos de Israel ao norte, visto que seus descendentes Efraim e Manassés eram cabeças das duas tribos principais nessa região.

A citação em Mt 2:17-18 descreve Raquel como personificação de todas as mães de Israel chorando por seus filhos mortos, tragédia que as atrocidades de Herodes traziam à mente mais uma vez.

(Jeremias 31:16-17) A recompensa pelo choro de Raquel

¹⁶ Assim diz o Senhor: Refreia tua voz do choro, e teus olhos das lágrimas, pois tua obra será recompensada, diz o Senhor, e eles voltarão da terra do inimigo.

¹⁷ E há esperança em teu final, diz o Senhor, que teus filhos voltarão para as suas próprias fronteiras.

A recompensa pelo choro de Raquel é que seus filhos voltarão de todo o mundo para onde foram exilados, assim como Jacó e Raquel voltaram, depois de servir Labão, com todos os seus filhos como sua “recompensa”.

Por duas vezes se diz a Raquel que pare de chorar, porque seus filhos voltarão.

(Jeremias 31:18-21) Efraim age como um “novilho não adestrado”

¹⁸ Eu certamente ouvi Efraim lamentando-se deste modo: Tu me castigaste, e eu fui castigado, como um novilho não acostumado ao jugo. Faz-me voltar, e voltarei, porque tu és o Senhor meu Deus.

¹⁹ Certamente depois disso eu retornarei, e me arrependi. E depois disso fui instruído, e bati minha coxa. Fiquei envergonhado, sim, até perplexo, porque carreguei a desonra de minha juventude.

²⁰ É Efraim o meu filho querido? É ele uma criança agradável? Porque mesmo depois de falar contra ele, ainda o tenho vivamente na minha lembrança. Portanto, minhas entranhas se comovem por ele. Eu certamente terei misericórdia dele, diz o Senhor.

²¹ Edifiquei marcos para ti, faze para ti altos montes. Coloca teu coração em direção à estrada, o mesmo caminho em que tu foste; volta novamente, ó virgem de Israel, regressa para estas tuas cidades.

Comentários, v 18-20: Efraim, representando as dez tribos do norte, finalmente considerou que havia agido como um novilho não acostumado ao jugo (ou “não adestrado”, Os 10:11) é como um rebelde contra Deus.

Mas agora, disciplinado e arrependido, ele bate na coxa… envergonhado e perplexo. Efraim será perdoado e, como o pródigo, voltará para casa.

O amor de Deus triunfará sobre a rebelião de Israel (Os 11:1-11).

v 21: Esses marcos e altos montes orientarão Israel em seu regresso da Babilônia e funcionarão como indicadores dos “caminhos antigos” que percorreu com Deus (v6:16).

(Jeremias 31:22-25) A virgem de Israel

²² Até quando irás tu de um lado para o outro, ó tu filha apóstata? Porque o Senhor criou uma coisa nova na terra. Uma mulher cercará um homem.

²³ Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Porque ainda eles usarão este dito na terra de Judá, e nas cidades, quando eu trouxer novamente os seus cativos: O Senhor te abençoe, ó habitação de justiça, e monte de santidade.

²⁴ E habitarão na própria Judá, e todas as cidades juntamente, agricultores, e aqueles que saem com rebanhos.

²⁵ Porque eu saciei a alma cansada, e eu satisfiz toda alma triste.

A virgem de Israel é chamada de filha apóstata, uma obstinada radical. A expressão uma mulher cercará um homem é talvez a frase mais obscura em todo o livro de Jeremias.

Alguns veem isso como uma profecia do nascimento virginal de Cristo. Mas a palavra “mulher” não vem acompanhada de um artigo definido, e tal termo geral para “mulher” não pode ser tomado como indicando uma virgem.

Além disso, “cercará” não significa conceber, e nenhum desses aspectos se ajusta ao contexto.

Nenhuma interpretação satisfaz todas as dificuldades, uma vez que a intenção do verbo “abrigar” é incerta.

Coisa nova pode significar que “mulher” se refere a Israel e “guerreiro” se refere ao Senhor, de modo que uma nova relação entre Israel e o seu Deus surgirá nos últimos dias.

(Jeremias 31:26-30) Punição pelos pecados de gerações anteriores

²⁶ Nisto eu acordei, e observei, e o meu sono foi doce para mim.

²⁷ Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que eu irei semear a casa de Israel, e a casa de Judá com a semente de homem, e com a semente de animal.

²⁸ E acontecerá que, conforme eu os vigiei, para arrancar, e para derrubar, e para transtornar, e para destruir, e para afligir, então eu os vigiarei, para edificar, e para plantar, diz o Senhor.

²⁹ Naqueles dias, eles não dirão mais: Os pais comeram uvas azedas, e os dentes dos filhos estão enfraquecidos.

³⁰ Porém cada um morrerá por sua própria iniquidade; cada homem que come a uva azeda, os seus dentes se enfraquecerão.

Comentários, v 26: Algumas pessoas consideram esse versículo como sendo uma contradição do Jr 23:25, onde Jeremias criticou sonhos revelatórios.

Mas ali ele falou somente dos sonhos dos falsos profetas (ver nota no Jr 23:25-29).

v 29-30: O provérbio a respeito de pais que comeram uvas azedas, e os dentes dos filhos estão enfraquecidos reflete a crença generalizada de que eles estavam sendo injustamente punidos pelos pecados da geração anterior.

Moisés ensinou, no entanto, que isso não era verdade (Dt 24:16). Ezequiel também refutou esse provérbio (Ez 18:2-4).

(Jeremias 31:31-35) O novo pacto

O Novo Testamento usou muitas vezes essa passagem a respeito do novo pacto (Lc 22:20), (1Co 11:25), (2Co 3:5-14) e (Hb 8:8-12), a mais longa citação do antigo testamento no novo testamento.

É um testo clássico que moldou grande parte da reflexão teológica cristã.

³¹ Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que eu farei um novo pacto com a casa de Israel, e com a casa de Judá.

³² Não conforme o pacto que eu fiz com os seus pais no dia em que eu os tomei pela mão para os tirar da terra do Egito, porquanto eles quebraram meu pacto, embora eu os tenha desposado, diz o Senhor.

³³ Porém este será o pacto que eu farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Eu colocarei minha lei no seu íntimo, e a escreverei nos seus corações, e serei o seu Deus, e eles serão meu povo.

³⁴ E eles não ensinarão mais cada homem a seu próximo e cada homem a seu irmão, dizendo: Conheci ao Senhor; porque todos conhecerão a mim, desce o menor até o maior deles, diz o Senhor, pois eu perdoarei a sua iniquidade, e não me lembrarei mais do seu pecado.

³⁵ Assim diz o Senhor, que dá o sol para luz durante o dia, e as ordenanças a lua e das estrelas para luz durante a noite, que divide o mar quando as suas ondas rugem: O Senhor dos Exércitos é sei nome.

Comentários, v 31: O novo pacto é colocado no período escatológico do Messias e na consumação da história (Eis que dias vêm).

O nome desse novo pacto sugere uma ruptura radical em relação aos pactos do passado. Mas a palavra para “novo” em hebraico também pode significar “pacto renovado”, principalmente porque três quartos do conteúdo desse pacto são a casa de Israel e a casa de Judá.

Embora houvesse uma separação entre as dez tribos do norte e as duas tribos do sul, ambas as partes são aqui incluídas, sugerindo uma reunificação das duas nações.

Esse novo pacto também se aplica à igreja, porque os gentios faziam parte desse novo pacto em continuidade ao pacto abraâmico e davídico quando Deus prometeu que, na semente de Abraão, todas as nações seriam abençoadas.

Entre os outros nomes desse novo pacto no Antigo Testamento está “Pacto Eterno”, que fala de sua duração.

Explicação do versículo 32

O problema com o antigo pacto não estava naquele que o estabeleceu, nem em seu conteúdo, mas no povo de Deus, que quebrou os seus votos matrimoniais para com ele.

O Senhor afirma que esse pacto não seria conforme o pacto que eu fiz com os seus pais no êxodo ou no Sinai, mas será feito “depois daqueles dias” (v 33) quando o povo de Israel for restaurado à sua terra.

Explicação do versículo 33

Deus ainda porá a sua lei no íntimo deles e a escreverá nos seus corações. Essa lei ou instrução é um ponto de continuidade entre os pactos antigo e novo, mas desta vez Deus vai escrever a lei no interior em vez de externamente em tábuas.

Ficarão para trás a vontade má do povo e o seu coração mau, que no passado caracterizaram Israel (Jr 13:10), (Jr 18:12) e (Jr 23:17).

Explicação do versículo 34

Uma vez que a lei meramente externa é uma coisa do passado, eles não ensinarão mais cada homem a seu próximo e cada homem a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos conhecerão a mim.

O ensino também será uma coisa do passado. Desde o menor até o maior indica todas as pessoas não importando a classe social (“grande” ao “pobre”, Jr 5:4-5) ou a idade (“mais jovem” ao “mais velho”, Jr 6:13).

A expressão perdoarei… não me lembrarei mais do seu pecado reflete a graça de Deus que perdoa o pecado e a onisciência do Senhor que escolhe não se lembrar dele ou não nos recriminar por ele.

(Jeremias 31:36-37) A continuidade da promessa de Deus a Israel

³⁶ Se aquelas ordenanças desviarem-se de diante de mim, diz o Senhor, então a semente de Israel também deixará de ser uma nação diante de mim para sempre.

³⁷ Assim diz o Senhor: Se o céu acima pode ser medido, e os alicerces da terra explorados abaixo, eu também rejeitarei toda a semente de Israel, por tudo o que eles fizeram, diz o Senhor.

A continuidade da promessa de Deus a Israel é comparada à durabilidade do cosmos: Se aquelas ordenanças desviarem-se de diante de mim… Israel também deixará de ser uma nação… eu rejeitarei toda a semente de Israel.

É impossível para Israel desaparecer ou deixar de existir.

(Jeremias 31:38) Reconstrução de Jerusalém

³⁸ Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que a cidade será construída para o Senhor, desde a torre de Hanameel até o portão da esquina.

Mas uma vez em dias associados à consumação da história, Jerusalém será reconstruída desde a torre de Hanameel até o portão da esquina.

A torre de Hananeel ficava na extremidade nordeste de Jerusalém (Ne 3:1), (Ne 13:39) e (Zc 14:10) e o portão da esquina ficava provavelmente na extremidade noroeste do muro da cidade (2Rs 14:13) e (2Cr 26:9).

(Jeremias 31:39) A Colina de Garebe e Goa

³⁹ E a linha de medir sairá para adiante, até a colina de Garebe, e irá circundar até Goa.

A colina de Garebe e Goa são desconhecidas para nós hoje. Uma vez que esses outros lugares mencionados ficavam no lado norte de Jerusalém, pode-se presumir que essas regiões incógnitas ficassem no sul.

(Jeremias 31:40) O vale

⁴⁰ E o vale inteiro dos cadáveres, e das cinzas, e todos os campos até o ribeiro de Cedrom, até a esquina da porta dos cavalos em direção ao leste será santo ao Senhor. Este não se arrancará, nem se derrubará para sempre.

O vale, presumivelmente formado por cadáveres e cinzas, deve ser o vale de Ben-Hinom (ver nota em Jr 7:31), onde Israel sepultava os mortos.

A porta dos cavalos aparentemente ficavam no muro oriental da cidade na extremidade norte do vale de Cedrom (Ne 3:28).

5 importantes lições que podemos aprender em Jeremias 31

  1. Promessa de Restauração: O capítulo 31 de Jeremias contém uma profecia de restauração e renovação para o povo de Israel, indicando que Deus não os abandonaria para sempre, mas traria redenção e esperança mesmo após o exílio. Isso nos ensina sobre a fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas, mesmo em tempos de dificuldade.
  2. Nova Aliança: Jeremias profetiza sobre uma nova aliança que Deus fará com Seu povo, não baseada em tábuas de pedra, mas escrita nos corações dos homens. Isso nos aponta para o papel transformador da graça de Deus em nossas vidas, substituindo o legalismo externo por uma relação pessoal e íntima com Ele.
  3. Lamento Transformado em Alegria: Deus promete transformar o lamento do povo em alegria, restaurando o que foi perdido e transformando seu luto em danças. Isso nos lembra da capacidade de Deus de trazer beleza do caos e alegria do sofrimento, renovando nossa esperança em meio às dificuldades.
  4. Recompensa da Obediência: O Senhor promete abençoar aqueles que O buscam de todo o coração e se voltam para Ele em arrependimento e obediência. Isso nos desafia a priorizar nossa relação com Deus e nos comprometermos a segui-Lo fielmente, confiando em Sua provisão e proteção.
  5. Restauração de Israel: A promessa de restauração e retorno à terra prometida para o povo de Israel serve como um testemunho do amor e da misericórdia de Deus, demonstrando Sua disposição em perdoar e restaurar aqueles que se voltam para Ele. Isso nos lembra que não importa quão longe tenhamos nos afastado de Deus, sempre há esperança de reconciliação e restauração em Sua graça.

Conclusão

Portanto, Jeremias 31, traz uma das maiores declarações de amor feita pelo Senhor aos israelitas. Em outro trecho bíblico descrito em Isaías, Deus afirma que desfaz os pecados de Israel como se fosse a névoa e pede para o seu povo voltar para Ele.

Da mesma forma, o seu passado de práticas pecaminosas e tudo o que levou você para uma vida distante de Deus pode começar a ter fim hoje mesmo por meio de um arrependimento genuíno.

Os seus erros terão consequências como foi no caso do povo de Israel, mas se você buscar ao Senhor de todo o coração encontrará o amor de Deus e terá suas feridas completamente curadas.

Há esperança independente das circunstâncias atuais, porque o Senhor planeja um futuro de paz e de plena satisfação para você.

Jeremias 31 Estudo

Sobre o Autor

Lázaro é um dedicado estudioso da Bíblia, com 64 anos de vida e uma paixão inabalável pela Palavra de Deus. Formado em Teologia pela Universidade Messiânica e com uma sólida carreira como advogado, ele utiliza seu vasto conhecimento para compartilhar ensinamentos bíblicos de forma acessível e profunda. Pai de três filhos, Lázaro escolheu a internet como sua principal plataforma para disseminar seus estudos e reflexões, dedicando-se a compartilhar estudos bíblicos, mesmo sem estar vinculado a uma congregação específica.

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