Mateus 14 Estudo: A Morte de João Batista

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Em Mateus 14, veremos que de acordo com as escrituras Herodes Antipas foi tetrarca da Palestina no período de 4 a.C. a 39 d.C., ou seja, governou um quarto da Palestina mais Galiléia e Beria, sucedendo seu pai Herodes, o Grande, quando dividiu o reino entre seus muitos filhos.

Diante disso, após Jesus ser promovido, Herodes, temendo ser a reencarnação de João Batista, decapitou-o e cometeu adultério com ele para satisfazer o capricho da esposa de seu irmão, Herodias. Isso é onde inicia essa passagem. Acompanhe!

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Contexto histórico

De acordo com o contexto e segundo os Evangelhos, quando Jesus soube que João Batista havia sido morto, retirou-se sozinho para um lugar em Betsaida.

Além disso, multidões seguiam Jesus a pé das cidades da região e logo após o desembarque de Jesus, ele viu muitas pessoas presentes, teve pena delas e curou seus enfermos. Acompanhe a seguir o estudo de todos os versículos de Mateus 14.



(Mateus 14:1-2) Herodes reconhece a ressurreição de João

v. 1 Nesse tempo Herodes, o tetrarca, ouvindo a fama de Jesus,
v. 2 disse aos seus servos: Este é João, o Batista; ele está ressuscitado dos mortos, e por isso obras poderosas atuam nele.

Herodes Antipas governou como tetrarca da Galileia e Pereia desde aproximadamente 4 a.C. até ser banido por buscar o reinado em 39 d.C. Em geral, um tetrarca era um grau abaixo de etnarca, que, por sua vez, era um grau abaixo do rei.

(Mateus 14:3-5) Herodes manda prender João

v. 3 Pois Herodes, havendo prendido a João, o amarrou, e o colocou na prisão, por causa de Herodias, esposa de seu irmão Filipe.

v. 4 Porque João lhe dizia: Não te é lícito possuí-la.
v. 5 E querendo matá-lo, temia o povo; porque eles o consideravam um profeta.

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A conjunção explicativa pois mostra que a opinião de Herodes de que João havia ressuscitado e possuía poderes sobrenaturais era produto da paranoia alimentada por sua consciência culpada. João foi preso porque criticou o casamento ilícito de Herodes com a esposa de seu irmão.

(Mateus 14:6-11) Herodes manda decapitar João

v. 6  Celebrando-se, porém, o aniversário de Herodes, a filha de Herodias dançou diante deles, e agradou a Herodes.
v. 7 Perante isso prometeu, com juramento, dar-lhe tudo o que pedisse.

v. 8 E ela, tendo sido anteriormente instruída por sua mãe, disse: Dá-me aqui, em um prato, a cabeça de João, o Batista.

v. 9 E o rei se arrependeu; contudo, por causa do juramento, e dos que estavam à mesa com ele, ordenou que se lhe desse.
v. 10 E ele mandou decapitar João na prisão.


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v. 11 E a sua cabeça foi trazida em um prato, e dada à moça, e ela a levou para a sua mãe.

Salomé, a filha de Herodias, dançou eroticamente para seu tio Herodes. Isto parece ter induzido o embriagado Herodes a fazer um juramento que ele mais tarde haveria de lamentar.

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Herodias preferiu a decapitação como único meio de execução para que ela pudesse mostrar a cabeça de João como um troféu.

Os relatos dos Evangelhos deste evento eram provavelmente dependentes de um informante na corte de Herodes, possivelmente Joana ou Manaém (Lc 8:3).

(Mateus 14:12-17) Jesus mais uma vez cura e realiza milagres

v. 12 E vieram os seus discípulos, levaram e enterraram o corpo, e foram dizer a Jesus.
v. 13  Ouvindo Jesus isso, partiu dali em um barco, para um lugar deserto, à parte; e, ouvindo isto as multidões, seguiram-no a pé desde as cidades.

v. 14 E, Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e movido de compaixão por eles, curou os seus enfermos. Sobre a compaixão de Jesus pela multidão, ver nota em (Mt 9:36).

v. 15 E, chegada a tarde, os seus discípulos aproximaram-se dele, dizendo: O lugar é deserto, e a hora já é passada; despede a multidão, para que indo às aldeias, comprem mantimentos.


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v. 16 Mas Jesus lhes disse: Eles não precisam partir; dai-lhes vós de comer.
v. 17 E eles lhe disseram: Nós não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.

Pães e peixes pequenos eram alimentos básicos na Galileia. os pães eram do tamanho de um pão francês. A descrição feita por João do peixe indica que eles eram ou secos ou em salmoura (Jo 6:9). Ele também identificou os pães como feitos de cevada, o alimento dos pobres.

João sugeriu que os pães e os peixes eram pequenos, uma vez que eles eram suficientes apenas para o almoço de um rapaz.

(Mateus 14:18-21) Jesus multiplica os pães

v. 18 Ele disse: Traga-os aqui para mim.
v. 19 E, ordenando a multidão para que se assentasse sobre a relva, tomou os cinco pães e os dois peixes, e, erguendo os olhos ao céu, ele os abençoou, e partindo os pães, deu-os aos seus discípulos, e os discípulos à multidão.

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v. 20 E todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que sobraram tomaram doze cestos cheios.
v. 21 E os que haviam comido eram cerca de cinco mil homens, além de mulheres e crianças.

Este é o único milagre de Jesus registrado em todos os quatro Evangelhos. Este verdadeiro milagre é expresso pelas palavras todos comeram e se fartaram.

Normalmente, uns poucos pães pequenos e alguns peixes divididos entre tanta gente daria apenas um minúsculo bocado para cada pessoa.

Contudo, cada pessoa comeu até ficar satisfeita e os discípulos recolheram as sobras em volume maior do que o disponível originalmente.

O ato de recolher dos pedaços que sobraram tomaram doze cestos cheios serviu como poderosa lembrança da capacidade de Jesus de prover abundância para Seus discípulos (Mt 6:11).

O Evangelho de João mostra que muitos ali presentes compararam os milagres de Jesus á provisão de Deus fez do maná no deserto (Jo 6:22-23).

O milagre também se assemelha bem de perto ao milagre de Eliseu (2Rs 4:42-44). Apesar de o milagre ser citado como a “Alimentação dos 5.000).

Os cinco mil homens, além de mulheres e crianças poderiam equivaler a um total de 15.000 pessoas. Deste modo, o milagre de Jesus foi bem maior do que o realizado por Eliseu.

(Mateus 14:22-24) Jesus se despede da multidão

v. 22 E logo Jesus compeliu os seus discípulos a entrar no barco, e passar adiante dele para o outro lado, enquanto ele despedia a multidão.

v. 23 E, despedida a multidão, ele subiu para o monte, para orar à parte. E vindo a noite, ele estava ali sozinho.

v. 24 O barco, porém, estava já no meio do mar, agitado pelas ondas; porque o vento era contrário.

Se o texto original declara que o barco dos discípulos estava “no meio do mar” ou “a muitos estádios (um estádio era equivalente a cerca de 185 metros) da terra”, a localização do barco é aproximadamente a mesma.

João observou que o barco estava a 25 ou 30 estádios da terra, uma distância que variava aproximadamente entre 4,5 a 5,6 km. O Mar da Galileia tem cerca de treze quilômetros de largura em seu ponto mais largo.

(Mateus 14:25) Jesus anda sobre o mar

v. 25 Mas, à quarta vigília da noite, Jesus foi até eles, andando sobre o mar.

Os romanos dividiam o período entre 18:00 e 6:00 horas em quatro vigílias de três horas cada. Assim, á quarta virgília da noite ia da 3:00 da madrugada ás 6:00 da manhã.

(Mateus 14:26) Os discípulos ficam assustados ao ver Jesus sobre o mar

v. 26 E quando os discípulos o viram andando sobre o mar, eles perturbaram-se, dizendo: É um espírito; e gritaram de medo.

A palavra espírito era usada na literatura grega para descrever visões em sonhos ou aparições de espíritos.

No Antigo Testamento, um termo estreitamente relacionado se referiu a um sonho ou uma visão em que alguém viu alguma coisa que não era real (Is 28:7). O uso de Mateus pode significar que os discípulos imaginaram que os seus olhos os estavam enganando.

A linguagem do texto não implica que a Bíblia apoia a crença de que os espíritos dos mortos vagueiam pela terra.

(Mateus 14:27-29) Jesus os acalma

v. 27 Mas imediatamente Jesus falou com eles, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu, não temais.
v. 28 E Pedro respondeu, e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo sobre as águas.

v. 29 E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir até Jesus.

As palavras sou eu são literalmente “eu sou”. A afirmação é um eco intencional de Jesus aos textos do Antigo Testamento como em (Êx 3:14), e O identifica como Deus Yahweh.

(Mateus 14:30-33) A falta de fé e dúvida nos fazem afundar

v. 30 Mas ele vendo que o vento era forte, teve medo; e, começando a submergir, clamou, dizendo: Senhor, salva-me!

v. 31 E imediatamente Jesus, estendendo a sua mão, segurou-o, e disse-lhe: Oh pequena fé, por que tu duvidaste?
v. 32 E quando eles entraram no barco, o vento cessou.

v. 33 Então os que estavam no barco , vindo, o adoraram, dizendo: Verdadeiramente tu és o Filho de Deus.

A confissão dos discípulos, de Jesus como o Filho de Deus, não é de surpreender á luz de estreitas ligações entre este milagre e importantes paralelos do Antigo Testamento.

O título “Filho de Deus” frequentemente server de título messiânico no Novo Testamento (Mt 3:17), mas aqui ele também implica a divindade de Jesus.

Os discípulos provavelmente interpretaram o milagre á luz de (Jó 9:8), que declara que Yahweh anda sobre o mar como se fosse terra seca.

Sua adoração de Jesus também confirmava seu crescente reconhecimento de Sua natureza divina (Mt 4:10-11).

(Mateus 14:34) Eles chegam a seu destino

v. 34 Ora, terminada a travessia, eles chegaram à terra de Genesaré.

Genesaré estava localizada na margem noroeste do Mar da Galileia, cerca de 8 quilômetros ao sul de Cafarnaum.

(Mateus 14:35-36) O povo clama por mais milagres

v. 35 E, quando os homens daquele lugar o reconheceram, eles enviaram por toda aquela região em redor, e trouxeram-lhe todos os que estavam enfermos;

v. 36 e pediram-lhe que ao menos eles pudessem tocar a orla da sua veste, e todos quantos a tocavam ficavam perfeitamente sãos.

O povo de Genesaré parecia estar informado da cura da mulher em (Mt 9:20). Este milagre ocorreu na vizinha Cafarnaum e estabeleceu um precedente para cura por meio do toque na borda do manto de Jesus (Mt 9:20).

5 principais lições que aprendemos no estudo de Mateus 14

  1. Fé em Tempos de Tempestade: Pedro caminhou sobre as águas quando fixou seus olhos em Jesus, mas começou a afundar quando se concentrou nas circunstâncias. Isso nos ensina a manter nossa fé firme em meio às tempestades da vida, confiando em Deus em vez de nos deixarmos dominar pelo medo.
  2. Milagres Demonstram o Poder de Jesus: A multiplicação dos pães e peixes demonstrou o poder de Jesus em suprir as necessidades da multidão. Isso nos lembra que Deus é capaz de realizar milagres em nossas vidas, provendo abundância mesmo quando os recursos parecem escassos.
  3. Importância da Compaixão: Jesus foi movido pela compaixão ao ver a multidão faminta e ministrou a eles, mesmo estando cansado. Isso nos desafia a praticar a compaixão em nossas vidas, buscando atender às necessidades dos outros e compartilhando o amor de Cristo em ação.
  4. Persistência na Oração: Jesus se retirou para orar sozinho após a multiplicação dos pães e peixes, mostrando a importância da comunhão com o Pai. Isso nos incentiva a cultivar uma vida de oração constante, buscando a vontade de Deus e fortalecendo nossa comunhão com Ele.
  5. Reconhecimento da Divindade de Jesus: Quando os discípulos viram Jesus caminhando sobre as águas e acalmando a tempestade, eles adoraram e reconheceram: “Verdadeiramente tu és o Filho de Deus”. Isso nos leva a reconhecer a divindade de Jesus Cristo e a render nossas vidas a Ele como Senhor e Salvador.

Conclusão

Diante de tudo isso, portanto, Pedro estava andando sobre as águas e só afundou quando parou de ouvir a voz de Jesus e deu mais atenção ao poder do vento e da água.

Isso demostra o poder da nossa fé e da sua falta, e que não importa o que aconteça, o Senhor Jesus deu um passo à frente, pegou sua mão e o salvou! Aonde quer que o Senhor Jesus vá, a bênção e o poder de Deus o seguem.

Mateus 14 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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