Mateus 21 Estudo: A Entrada de Jesus a Jerusalém

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Em Mateus 21, veremos que é abordado a entrada de Jesus em Jerusalém, que marca o início da semana da sua crucificação. Além disso, aqui se inicia a contagem regressiva da maior demonstração de amor dada a humanidade, que foi a morte de Cristo para que pudéssemos ser salvos.

Portanto, é o momento em que Deus se fez homem, viveu entre nós, conheceu nossas dores e se entregou como sacrifício de expiação perfeito pelos nossos pecados.

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Contexto histórico

De acordo com o contexto, por meio da entrada de Jesus, se declarou intencionalmente sua identidade messiânica a Israel. Ademais, a descida do monte das Oliveiras em Jerusalém evoca imagens da profecia de Zacarias sobre a batalha divina em que Jesus tem os pés sobre esse monte, em defesa de Israel.

Entretanto, mais adiante, outra provocação de Jesus: ele monta um jumento, cumprindo a profecia de Zacarias do Rei messiânico que viria libertar seu povo. Acompanhe a seguir o estudo completo de Mateus 21.



(Mateus 21:1) Jesus envia dois discípulos

v. 1 E, quando eles se aproximaram de Jerusalém, e chegando a Betfagé, junto ao monte das Oliveiras, então enviou Jesus dois discípulos,

O monte das Oliveiras era um extenso morro no lado orientar de Jerusalém. Ele foi mencionado em (Zc 14:4) e rabinos antigos interpretaram o texto como se referindo ao Meias (Mt 24:3). Betfagé era uma pequena vila na encosta dessa colina.

(Mateus 21:2-3) Jesus pede que trouxessem o jumentinho

v. 2 dizendo-lhes: Ide à aldeia que está defronte de vós, e logo encontrareis uma jumenta presa, e com ela um jumentinho; soltando-os, trazei-os para mim.

v. 3 E, se algum homem vos disser alguma coisa, dizei: O Senhor necessita deles, e logo os enviará.

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Jesus pode ter feito arranjos prévios para usar os animais aqui mencionados, entretanto, visto que Mateus se refere muitas vezes ao conhecimento sobrenatural de Jesus (Mt 17:27), é possível que aqui também Ele tenha usado conhecimento sobrenatural, e, nesse caso, Jesus requisitou os animais em uma demonstração de autoridade messiânica.

(Mateus 21:4-5) O cumprimento da palavra

v. 4 Tudo isso foi feito para que pudesse se cumprir o que foi dito pelo profeta, dizendo:

v. 5 Dizei à filha de Sião: Eis que o teu Rei vem a ti, manso, e montado sobre um jumento, e um jumentinho, cria de uma jumenta.

A fórmula que Mateus usou para introduzir a citação do Antigo Testamento afirma que Deus falou pelos profetas do Antigo Testamento.


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A citação é uma combinação de uma linha de (Zc 9:9). O primeiro texto faz referência à vinda do Senhor, enquanto o segundo se refere à aproximação do Rei divino. Ambos os textos implicam a divindade e o mesclado de Jesus.

(Mateus 21:6-7) O jumento foi trazido para Jesus

v. 6  E, indo os discípulos, fazendo como Jesus lhes ordenara,
v. 7  trouxeram a jumenta e o jumentinho, e sobre eles puseram as suas vestes, e eles o colocaram em cima.

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A jumento foi conduzida ao lado de seu indomado jumentinho a fim de acalmá-lo. As vestes dos circunstantes foram colocadas nas costas de ambos os animais, servindo de selas decorativas improvisadas.

As palavras e eles o colocaram em cima refere-se a Jesus sentando-se nas vestes, e não a ter Ele montado ambos os animais simultaneamente.

(Mateus 21:8) A multidão espalha as vestes

v. 8 E uma multidão muito grande estendia as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam ramos de árvores, e os espalhavam pelo caminho.

O ato de espalhar vestes e ramos no caminho de Jesus relembra o modo pelo qual reis entravam em suas cidades reais (2Rs 9:13).

(Mateus 21:9) Palavras de celebração

v. 9 E as multidões, que iam à frente e as que o seguiam, clamavam, dizendo: Hosana ao Filho de Davi! Bendito é o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas!


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Estas palavras de celebração ecoam o (Sl 118:25-26). O povo pleiteava a salvação da parte de Deus e bendizia ao Eterno por enviar o libertador que veio em nome do Senhor.

(Mateus 21:10-12) Jesus, o profeta de Nazaré

v. 10 E entrando ele em Jerusalém, toda a cidade estava agitada, dizendo: Quem é este?
v. 11 E a multidão dizia: Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galileia.
v. 12 E entrando Jesus no templo de Deus, expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derrubou as mesas dos cambistas e os bancos dos que vendiam pombas;

Visto que a moeda romana circulante possuía imagens idólatras estampadas, o templo aceitava apenas moedas tírias, livres de idolatria.

Os cambistas trocavam moedas pagãs pela moeda aceita, mediante uma remuneração. Os mercadores vendiam animais sacrificiais para aqueles que tinham viajado longas distâncias.

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As pombas eram sacrificadas por peregrinos pobres que não podiam arcar com as despesas de um cordeiro (Lv 5:7).

Embora os mercadores e os cambistas normalmente realizassem os seus serviços do lado de fora dos limites do templo, ocasionalmente eles armavam as suas mesas no pátio dos gentios.

(Mateus 21:13) A casa de oração

v. 13 e disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a fazeis covil de ladrões.

A citação feita por Jesus é de (Is 56:7) e (Jr 7:11). O tumulto no pátio deixou o templo inadequado como casa de oração. Zacarias (Mt 6:12-13) predisse que o Messias haveria de purificar o templo. Ver também (Zc 14:21).

(Mateus 21:14) Os cegos e coxos

v. 14 E foram ter com ele no templo cegos e coxos, e ele os curou.

A evidência sugere que os judeus do primeiro século ampliaram as exigências de Lv 21:16-20 a fim de excluir pessoas deficientes de adentrarem no templo (2Sm 5:8).

Ao curar os cegos e os coxos, Jesus se identificou como o Messias (Is 35:5-6). Ao fazer assim no templo, Ele demonstrou que os deficientes era bem-vindos por um Deus grandioso.

(Mateus 21:15-16) O Messias

v. 15 E vendo os principais sacerdotes e os escribas as coisas maravilhosas que ele fizera, e as crianças gritando no templo, e dizendo: Hosana ao Filho de Davi!, indignaram-se,

v. 16 e perguntaram-lhe: Ouves o que estes dizem? E Jesus lhes disse: Sim; nunca lestes: Pela boca dos pequeninos e dos bebês de peito tiraste perfeito louvor?

Tanto as maravilhas feitas por Jesus quanto as palavras faladas pelas crianças identificavam-no como o Filho de Davi e Messias (ver notas no v.14 e Mt 1:1).

Jesus argumentou a partir de Sl 8:2 que as celebrações das crianças eram apropriadas e divinamente inspiradas.

Afinal de contas, pela boca dos pequeninos e dos bebês de peito Deus suscitará o verdadeiro louvor.

(Mateus 21:17-19) Jesus vai para Betânia

v. 17  E ele deixando-os, saiu da cidade para Betânia, e ele se alojou ali.

v. 18 Ora, de manhã, voltando para a cidade, teve fome.

v. 19  E, avistando uma figueira à beira do caminho, dela se aproximou, e não encontrou nada, senão algumas folhas, e disse-lhe: Jamais cresça fruto em ti, para sempre! E a figueira murchou imediatamente.

Em seu caminho de Betânia e Jerusalém, Jesus passou novamente por Betfagé, “a Casa de Figos Verdes” (v. 1).

À luz de Mq 5:7, a figueira infrutífera simboliza a improdutividade moral de Israel. A maldição da árvore preveniu a respeito do julgamento futuro de Deus contra Jerusalém e seu tempo.

(Mateus 21:20-22) Tudo que pedires em oração com fé, recebereis

v. 20 E, vendo isto os discípulos, admiraram-se, dizendo: Como murchou imediatamente a figueira?

v. 21 Jesus, respondendo, disse-lhes: Na verdade eu vos digo: Se tiverdes e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas também, se a este monte disserdes: Move-te e lança-te no mar, isso será feito.

v. 22 E todas as coisas, tudo o que pedirdes em oração, crendo, recebereis.

Os discípulos de Jesus aparentemente não tomaram conhecimento do significado simbólico do milagre de Jesus e se concentraram apenas no poder de Sua ordem.

Embora este monte pudesse ser uma referência ao Monte das Oliveiras (Zc 14:4) ou ao monte do templo, ele provavelmente referia ao poder de Deus para fazer coisas humanamente impossíveis em resposta à oração (1Co 13:2).

(Mateus 21:23-27) A autoridade de Jesus

v. 23 Tendo Jesus entrado no templo, e estando ele a ensinar, os principais sacerdotes e os anciãos do povo se aproximaram dele, dizendo: Com que autoridade tu fazes estas coisas? E quem te deu tal autoridade?

v. 24  E Jesus, respondendo, disse-lhes: Eu também vos perguntarei uma coisa; se me responderdes, eu de igual modo vos direi com que autoridade eu faço estas coisas.

v. 25 O batismo de João, de onde era? Do céu, ou dos homens? E eles arrazoavam entre si, dizendo: Se nós dissermos: Do céu, ele nos dirá: Então por que não acreditastes nele?

v. 26 Mas, se nós dissermos: Dos homens, tememos o povo, porque todos consideram João como profeta.

v. 27 E, respondendo a Jesus, disseram: Nós não podemos dizer. Ele disse-lhes: Nem eu vos digo com que autoridade eu faço estas coisas.

João Batista dissera que o Messias derramaria o Espírito transformador sobre Seus discípulos e puniria os impenitentes com o julgamento de fogo (ver notas em Mt 3:11).

João também identificara Jesus como o prometido Messias (ver nota em MT 3:14). A admissão de que João era um profeta requereria dos líderes judeus que reconhecessem também a autoridade de Jesus.

(Mateus 21:28-32) Vos arrependestes para crerdes

v. 28 Mas que vos parece? Certo homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha.

v. 29 Ele respondeu, e disse: Eu não quero. Mas depois, arrependido, foi.

v. 30 E dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi.

v. 31 Qual destes dois fez a vontade do seu pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Na verdade eu vos digo que os publicanos e as prostitutas entram antes de vós no reino de Deus.

v. 32 Pois João veio a vós no caminho da justiça, e não crestes nele; mas os publicanos e as prostitutas creram. E vós, vendo isto, nem depois vos arrependestes para crerdes nele.

O pai aqui simboliza Deus. O primeiro filho simboliza os pescadores notórios como publicanos e prostitutas que inicialmente se revelam contra a vontade do Pai, mas depois se arrependem e obedecem.

O outro filho representa os principais sacerdotes e os anciãos que prometem obediência a Deus, mas que nunca cumpriram o seu compromisso.

(Mateus 21:33-41) A parábola da vinha

v. 33 Ouvi outra parábola: Havia um certo chefe de família que plantou uma vinha, cercou-a, cavou nela um lagar, edificou uma torre, e a deixou com uns lavradores, e foi para uma terra distante.

v. 34 E, estando próximo o tempo dos frutos, ele enviou os seus servos aos lavradores, para que eles pudessem receber os seus frutos.

v. 35 E os lavradores, tomaram os servos, bateram em um, e mataram outro, e a outro apedrejaram.

v. 36 Ele enviou ainda outros servos, em maior número do que os primeiros; e eles fizeram-lhes do mesmo modo.

v. 37 Mas, por último, enviou-lhes o seu filho, dizendo: Eles respeitarão ao meu filho.

v. 38 Mas os lavradores vendo o filho, disseram entre si: Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo, e apoderemo-nos da sua herança.

v. 39 E, agarrando-o, lançaram-no fora da vinha e o mataram.

O dono representa Deus; a vinha representa primeiro Israel (Is 5:1-7), em seguida Jerusalém, e depois o reino; os profetas do antigo testamento; o filho, Jesus, Em virtude de justiça que Ele demandara e porque eles rejeitaram e mataram o Seu Filho, Deus os destruiria, tiraria deles o Seu reino, e o confiaria aos discípulos de Jesus.

(Mateus 21:40-44) O reino de Deus é para aqueles que dão frutos

v. 40 Quando, pois, vier o senhor da vinha, o que ele fará com esses lavradores?

v. 41 Dizem-lhe eles: Ele destruirá miseravelmente aqueles homens perversos, e deixará sua vinha com outros lavradores, que a seu tempo lhe entreguem os frutos.

v. 42 Jesus disse para eles: Nunca lestes nas escrituras: A pedra que os edificadores rejeitaram, essa se tornou a cabeça de esquina; isso é obra do Senhor, e é maravilhosa aos nossos olhos?

v. 43 Portanto eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos.

v. 44 E, quem cair sobre esta pedra, despedaçar-se-á; mas aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó.

v. 45 E quando os principais sacerdotes e fariseus ouviram estas parábolas, entenderam que ele falava deles.

v. 46 Mas, embora procurassem prendê-lo, temiam a multidão, pois o tinham por profeta.

Jesus citou o Sl 118:22-23, o mesmo salmo do qual as pessoas descritas em Mt 21:9 tiraram suas expressões de louvor.

A imagem de uma pedra que foi rejeitada como inútil pelos construtores, porém mais tarde foi usada como a cabeça do ângulo – a parte mais importante da estrutura – prefigurava o fato de que embora Jesus fosse rejeitado pelos líderes judeus, Ele seria vindicado por Deus e se tornaria o ponto focal do reino de Deus.

O versículo 43 interpreta e aplica a parábola do dono da vinha: Deus tiraria o Seu reino dos líderes e o confiaria aos discípulos de Jesus.

O versículo 44 faz alusão a Is 8:14-15 e Dn 2:34. Em Isaías, a pedra é Yahweh, sobre quem o povo de Israel tropeça, cai, e é quebrado.

Ao identificar-se como a pedra, Jesus significou distintamente a Sua divindade. Em Daniel, a pedra simbolizava um reino poderoso que destruiu todos os outros e duraria para sempre.

Deste modo, a alusão ao antigo testamento descreve a divindade e a realeza de Jesus e a destruição de todos os que O rejeitam.

5 importantes lições que podemos aprender em Mateus 21

  1. A Importância da Obediência a Deus: A história da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém destaca a importância da obediência à vontade de Deus. Jesus cumpriu as profecias do Antigo Testamento ao entrar montado em um jumento, mostrando que Ele é o Messias prometido.
  2. Reconhecimento e Rejeição de Jesus: A reação das multidões em Jerusalém varia de louvor e aclamação à rejeição e hostilidade. Isso nos lembra que a mensagem de Jesus é recebida de maneiras diferentes pelas pessoas e que algumas podem resistir a Ele, mesmo diante de evidências claras de Sua autoridade.
  3. Aparência versus Realidade Espiritual: A maldição da figueira estéril e a limpeza do templo revelam a necessidade de uma fé genuína e frutífera, não apenas aparências externas. Jesus ensina que o verdadeiro discipulado vai além de práticas religiosas externas e exige um coração transformado.
  4. Autoridade de Jesus sobre as Tradições Religiosas: Ao expulsar os vendedores do templo e ensinar no templo, Jesus demonstra Sua autoridade sobre as práticas religiosas e tradições estabelecidas. Ele desafia as estruturas religiosas do seu tempo e chama as pessoas a um relacionamento pessoal com Deus.
  5. A Parábola dos Dois Filhos: Esta parábola ensina sobre a importância da obediência prática à vontade de Deus. Aqueles que fazem a vontade do Pai são os verdadeiros filhos de Deus, independentemente de sua aparência externa ou posição religiosa.

Conclusão

Portanto, após ter sua autoridade questionada pelos líderes religiosos de Jerusalém, o Filho de Deus conta a parábola do retorno do proprietário da vinha.

Porém, sua intenção era mostrar que Israel é a vinha, os servos maltratados fora os profetas e ele era o próprio filho.

Por fim, Jesus demostra que a aparência não tem espaço na nova dispensação da graça de Deus, mas sim frutos e corações dignos de arrependimento.

Mateus 21 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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