Gênesis 2 Estudo: A Criação do ser Humano

Em Gênesis 2, veremos o relato da criação do homem e da mulher e logo em seguida no sétimo dia, Deus nada mais criou e descansou. Além de um dia abençoado, o sétimo dia foi também considerado o dia de descanso para humanidade.

Há algumas verdades neste ato de Deus que ainda hoje regem a humanidade, como o descanso semanal e remunerado dos trabalhadores o equilíbrio da jornada de trabalho e a manutenção da saúde corporal como um todo, que ficou estabelecido para o sétimo dia.

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Podemos observar que desde o princípio o Senhor nos convida a uma vida de equilíbrio, onde podemos ser produtivos e ainda assim, separar tempo para aprender e ouvir sua sabedoria.

Contexto histórico

No contexto histórico, o relato da criação egípcia de Menfis, o deus criador Ptah descansa após a conclusão de seu trabalho. De mesmo modo, a criação de seres humanos é seguida pelo descanso dos deuses mesopotâmicos. Desse modo, veja a explicação dos versículos para entender melhor! Acompanhe a seguir o estudo de todos os versículos de Gênesis 2.



(Gênesis 2:1) Finalização do céu e da terra

v. 1 Assim os céus e a terra foram finalizados, e todo o seu exército.

Este versículo serve como um complemento para (Gn 1:1). Juntos os dois colocam os primeiros seis dias da criação á parte do sagrado sétimo dia.

(Gênesis 2:2) O sétimo dia

v. 2 E no sétimo dia Deus terminou o trabalho que havia realizado; e ele descansou no sétimo dia de todo o trabalho que havia feito.

Este é o primeiro uso do número sete na Bíblia, um número que exercerá um papel especialmente significativo na vida religiosa e social do antigo Israel (Gn 4:15).

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No sétimo dia Deus descansou, estabelecendo assim um exemplo para as pessoas-que são feitas á Sua imagem-seguirem (Êx 20:8-11).

Embora Deus tenha descansado de todo o trabalho que havia feito, isto não quer dizer que Deus tenha abandonado o universo. No Novo Testamento, Jesus afirmou que Deus ainda trabalha no mundo, mesmo no sábado (Jo 5:16-17).

(Gênesis 2:3) As bênçãos do sétimo dia

v. 3 E Deus abençoou o sétimo dia, e o santificou, porque nele ele havia descansado de todo o seu trabalho que Deus criou e fez.

Este é o único exemplo durante o processo da criação em que Deus abençoou uma unidade de tempo. O verbo santificou é usado na Bíblia quando alguma coisa é separada para o serviço de Deus.


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(Gênesis 2:4-5) As novas gerações

v. 4 Estas são as gerações dos céus e da terra quando foram criados, no dia em que o SENHOR Deus fez a terra e os céus,

v. 5 e toda planta do campo antes de estar na terra, e toda erva do campo antes de crescer; pois o SENHOR Deus não havia feito chover sobre a terra, e não havia homem para cultivar a terra.

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A palavra hebraica traduzida como gerações, é usada 11 vezes no livro de Gêneses para introduzir novas unidades da matéria (Gn 5:1).

Nesta perícope, ela introduz uma elaboração detalhada de alguns aspectos fundamentais do relato da criação que abre o livro de Gênesis (Gn 1:1-2). Uma ênfase especial é colocada nos eventos do sexto dia.

O versículo 4 inclui o primeiro uso do nome pessoal de Deus, traduzido em português como o Senhor, o nome mais comumente usado no Antigo Testamento.

A grafia hebraica é transliterada como “YHWH” ou “YHVH”, uma palavra que os judeus consideravam tão sagrada que eles não se permitiam pronunciá-la.

Portanto, sua pronúncia exata é desconhecida, embora sugestões comuns incluem “Jeová”, “Yahweh” ou “Javé”.


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(Gênesis 2:6) A face da terra

v. 6 Mas ali subia uma neblina da terra, e regava toda a face da terra.

Esta fonte de água, uma generosa bênção que fornecia umidade para toda a face da terra no tempo da inocência humana, mais tarde se tornou uma fonte de julgamento sobre o pecado da humanidade (Gn 7:11).

(Gênesis 2:7) O sopro da vida

v. 7 E o SENHOR Deus formou o homem do pó da terra, e soprou nas suas narinas o sopro da vida; e o homem se tornou uma alma vivente.

O verbo hebraico traduzido neste versículo como formou é usado em outras partes na Bíblia para descrever a profissão do oleiro (Jr 18:4).

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Deus age aqui como o divino oleiro, que habilmente molda o homem do pó da terra. A Bíblia, no entanto, deixa muito claro que as pessoas são algo mais o que apenas seres materiais. Adão passou a viver somente depois que Deus soprou nas suas narinas o sopro da vida.

Deus é Espírito (Jo 4:24), por isso, quando o Senhor soprou em Adão, ele e todos os seres humanos depois dele tornaram uma singular mistura do físico com o espiritual.

A expressão traduzida como alma vivente é usada em outros lugares em Gênesis para descrever outros tipos de seres vivos (Gn 1:20).

Os seres humanos, no entanto, são considerados como sendo uma classe por si mesma, porquanto, só eles são feitos á imagem de Deus.

(Gênesis 2:8) O jardim do Éden

v. 8 E o SENHOR Deus plantou um jardim na direção leste no Éden; e ali ele colocou o homem a quem havia formado.

A localização do Éden é desconhecida. Sugestões incluem a Armênia, e a Arábia. As mudanças na geografia causadas pelo dilúvio nos dias de Noé (Gn 7:11) tornam improvável que o Éden venha um dia a ser descoberto. A palavra hebraica “Èden” significa, literalmente, “deleite”.

(Gênesis 2:9) A árvore do conhecimento

v. 9 E da terra o SENHOR Deus fez crescer toda árvore que é agradável à vista, e boa para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal.

A preocupação de Deus com a beleza é vista no fato de que as árvores que Ele fez crescer eram agradáveis aos olhos.

O amor de Deus pela beleza mais tarde se estenderia á religião de Israel, que faria uso de mobília trabalhada por hábeis artífices usando materiais dispendiosos (Êx 25-40). Naturalmente, as belas obras criadas por Deus também eram práticas, sendo boa para alimento.

(Gênesis 2:10) Os quatro rios

v. 10 E um rio saía do Éden para regar o jardim; e dali partia-se, e tornava-se quatro cabeças.

A abundância das águas supridas no jardim do Éden é indicada pelo fato de servir de nascente para quatro rios.

(Gênesis 2:11) O primeiro rio

v. 11 O nome do primeiro é Pisom; este é o que circunda toda a terra de Ávila, onde há ouro;

As localização do rio Pisom é desconhecida. Uma terra conhecida como Ávila existiu na região da península árabe em uma ocasião posterior (1Sm 15:7), no entanto, a terra antediluviana pode ter representado uma localidade diferente.

(Gênesis 2:12-13) O segundo rio

v. 12 e o ouro dessa terra é bom; ali há bdélio e a pedra ônix.

v. 13 E o nome do segundo rio é Giom; esse é o mesmo que circunda toda a terra de Cuxe.

As localizações do rio Giom e de Cuxe, também são desconhecidas. Uma Cuxe posterior localizou-se na região da Etiópia e do Sudão atuais (Et 1:1).

(Gênesis 2:14) O terceiro rio

v. 14 E o nome do terceiro rio é Hidéquel; este é o que vai para o leste da Assíria. E o quarto rio é o Eufrates.

Os rios Hidéquel e o Eufrastes, bem como Assíria, provavelmente correspondem as características geográficas ligadas ao Iraque atual.

(Gênesis 2:15) O cultivo do Jardim do Éden

v. 15 E o SENHOR Deus tomou o homem, e o colocou no jardim do Éden para cultivá-lo e guardá-lo.

A palavra hebraica traduzida como colocou significa, literalmente, “fez descansar”.

Este estado pré-pecado de repouso antecipa o “descanso” (“aliviará”; Gn 5:29) que novamente viria á humanidade em razão da justiça de Noé, bem como o descanso que Deus mais uma vez daria a Israel após o episódio da adoração do bezerro pelo povo (Êx 32:1-21).

Como um ser criado á imagem de Deus, Adão, tal como Deus, deveria ser um trabalhador. Sem a mancha do pecado, cultivá-lo era pura bênção.

O verbo traduzido qui como “cultivar” literalmente significa “servir”. A segunda tarefa de Adão no jardim era guardá-lo.

O verbo é usado em outras partes para se referir á ação de Deus para com o Seu povo (Sl 121:3-4) ou o trabalho de uma sentinela (Ct 5:7).

(Gênesis 2:16) O “livre arbítrio

v. 16 E o SENHOR Deus ordenou ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim tu poderás comer livremente;

A seriedade da ordem de Deus é refletida no fato de ser ela introduzida por uma expressão com dois verbos no hebraico, traduzidos simplesmente como ordenou na BKJ.

Esta fórmula era usada frequentemente para expressar decretos reais (1Sm 18:22). Deus deu a Adão liberdade e limites. As liberdades por Deus concedidas excediam em muito as limitações.

Afinal de contas, Adão tinha liberdade para comer livremente de toda árvore do jardim com exceção de uma.

(Gênesis 2:17) O bem e o mal

v. 17 mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela tu não comerás. Pois no dia em que dela comeres, tu certamente morrerás.

O único limite que Deus colocou para Adão foi comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, a qual aparentemente concederia sabedoria divina (Gn 3:22).

Comer do fruto proibido representaria para Adão sua rejeição de Deus, como a fonte de sabedoria divina, e sua opção de buscar sabedoria á parte de Deus.

O castigo de Deus pela desobediência foi declarado de maneira bastante vigorosa na língua original, com uma construção com dois verbos, “morrendo morrerá” (tu certamente morrerás). A morte certamente chegaria para Adão e para a humanidade depois dele; entretanto, a morte física.

Além de romper o cordão da vida, o pecado abalaria o relacionamento harmonioso que Adão possuía com o seu ambiente (Gn 3:17-18), com a sua esposa (Gn 3:16), e com Deus.

(Gênesis 2:18) A necessidade de companhia para Adão

v. 18 E o SENHOR Deus disse: Não é bom que o homem esteja sozinho; eu farei uma ajudadora adequada para ele.

O tema da provisão de Deus em relação as necessidades de Adão é retomado nesta passagem quando Deus declara que não é bom que o homem esteja só.

O Eterno criou o homem com uma necessidade de se relacionar com alguém que lhe fosse complementar, e agora Deus suprirá essa carência.

(Gênesis 2:19) A formação dos animais

v. 19 E da terra o SENHOR Deus formou todo animal do campo, e toda ave do ar; e os levou até Adão para ver como ele lhes chamaria. E como quer que Adão chamasse cada criatura vivente, este era o seu nome.

Assim como o homem, os animais foram formados da terra, mas eles não receberam o fôlego de vida da parte de Deus (v. 7), nem a imagem do Eterno.

Ao dar nomes aos animais, Adão mostrou que ele os governava e que percebia a natureza de cada ser vivo (Gn 1:5).

(Gênesis 2:20) A ajudadora para Adão

v. 20 E Adão deu nomes a todo o gado, e a toda ave do céu, e a todo animal do campo; mas para Adão não foi encontrada uma ajudadora adequada.

A compreensão de Adão a respeito da natureza dos animais que nomeara só realçou as diferenças que existiam entre ele e o restante das criaturas de Deus: não foi encontrada uma ajudadora adequada.

(Gênesis 2:21-22) A criação da mulher

v. 21 E o SENHOR Deus fez um profundo sono cair sobre Adão, e ele dormiu; e ele tomou uma de suas costelas, e fechou a carne em seu lugar;

v. 22 e da costela que o SENHOR Deus havia tirado do homem, ele fez uma mulher, e a levou ao homem.

No que deve ter sido um momento de solidão na vida de Adão, Deus interviu para criar alguém que supriria perfeitamente a necessidade do homem.

Uma vez que Deus tomou uma de suas costelas, para usá-la como Sua matéria-prima, a mulher corresponderia perfeitamente-se bem que não identicamente-a Adão, a mulher possuía a imagem de Deus.

O fato de a mulher não ter sido tomada da cabeça do homem sugere que ela não deve governá-lo (1Co 11:3). E o fato de ela não ser retirada de seu pé indica que o homem não deve oprimi-la (1Pe 3:7).

(Gênesis 2:23) A mulher para Adão

v. 23 E Adão disse: Esta agora é osso dos meus ossos, e carne da minha carne; ela será chamada Mulher, porque ela foi tomada do Homem.

As primeiras palavras registradas de Adão expressam o seu deleite com a obra das mãos o Criador e o seu reconhecimento da singular adequação da última criação divina registrada nos relatos criativos.

De maneira não comparável a qualquer outra peça do artesanato divino, esta era singularmente apropriada para o homem, sendo osso dos seus ossos e carne de sua carne.

Adão expressa domínio ao escolher nome para a criatura final de Deus, entretanto, o nome que ele escolheu sugere que o homem a via como sua igual. O termo hebraico ‘ishshah, mulher, a identifica como o comportamento feminino de ‘ish, o homem.

(Gênesis 2:24) A mulher e o homem como uma só carne

v. 24 Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se apegará à sua mulher, e eles serão uma carne.

O projeto atemporal de Deus para o casamento é declarado aqui. O relacionamento de uma carne certamente envolve a união sexual, mas também inclui a união de marido e mulher em uma harmonia espiritual, mental e emocional.

(Gênesis 2:25) Não existência do pecado

v. 25 E estavam os dois nus, o homem e sua mulher, e não estavam envergonhados.

Visto que os efeitos devastadores do pecado ainda não tinha assolado a natureza ou a humanidade, não havia necessidade de roupas.

Adão e Eva podiam viver sem as barreiras necessárias para protegê-los de sua ambiente e um do outro sem um senso de vergonha.

Mais tarde, no tempo dos patriarcas e dos reis, a roupa estava associada á dignidade. Consequentemente, um prisioneiro de guerra não possuía a permissão de usar roupa alguma.

Os escravos usavam poucas roupas, enquanto s classes sociais mais elevadas usavam mais roupas do que qualquer outro grupo na sociedade.

5 principais lições que aprendemos no estudo de Gênesis 2

  1. Criação do Homem e da Mulher: Genesis 2 detalha a criação de Adão e Eva, enfatizando a relação especial entre o homem e a mulher. Isso nos ensina sobre a importância do relacionamento entre marido e esposa e a complementaridade entre os gêneros.
  2. Propósito da Humanidade: Deus coloca Adão no jardim para cultivá-lo e guardá-lo, indicando o propósito humano de cuidar da criação de Deus. Isso nos lembra da responsabilidade que temos como seres humanos de sermos bons administradores da terra e de seus recursos.
  3. Comunhão com Deus: O jardim do Éden é um lugar de comunhão íntima entre Deus e o homem, onde Deus caminha e fala com Adão. Isso destaca a importância da comunhão com Deus em nossas vidas, buscando uma relação próxima e pessoal com Ele.
  4. Obediência e Consequências da Desobediência: Deus dá a Adão uma única proibição, mas Adão e Eva desobedecem, trazendo consequências para toda a humanidade. Isso nos lembra da importância da obediência a Deus e das consequências da desobediência em nossas vidas.
  5. Plano de Deus para o Casamento: Genesis 2 apresenta o casamento como a união entre um homem e uma mulher, deixando pai e mãe e se tornando uma só carne. Isso nos ensina sobre o plano divino para o casamento e a importância de honrar esse compromisso perante Deus.

Conclusão

Podemos observar, portanto, que o Senhor com sua imensa sabedoria pensou em todas as coisas, em todos os pontos, e desse modo, criou tudo com perfeição.

Ao criar Adão, o Senhor achou necessário que ele tivesse uma ajudadora, um suporte e então criou a mulher. Ao acordar, Adão viu que Eva era semelhante a ele e que ela o completava.

Podemos observar também que, semelhante não é igual, por mais que tivessem formas parecidas eles foram criados com funções diferentes, embora cada um tenha sua devida importância que devemos entender e aceitar.

Não há superioridade, há uma complementação de seres que nasceram para se ajudarem e se apoiarem.

Gênesis 2 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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