João 2 Estudo: Seja Cristocêntrico

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No capítulo 2 de João, é descrito os relatos do primeiro sinal realizado pelo Messias em seu ministério. Isto aconteceu num casamento que ocorreu em Caná da Galiléia, o qual o nosso Senhor Jesus foi convidado.

As festas de casamento duravam 7 dias naquela época e a quantidade de vinho disponível era algo bem calculado de acordo com a demanda de pessoas no local. Mas por algum motivo, o vinho simplesmente acabou nesta ocasião, colocando a celebração em risco.

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A repentina falta de vinho poderia ser o estopim de um desastre, causando muita vergonha para o casal, já que naquela época o vinho era o principal ingrediente da festa, assim como é o bolo nos dias atuais.

Mas, quando Jesus foi colocado como o centro daquela situação, algo surreal aconteceu. Além disso, este capítulo dá ênfase para a indignação de Jesus com a desonra feita pelas pessoas à casa de oração.



O que deixa lições muito importantes, além do recado para sermos cristocêntricos em nossa conduta. Acompanhe!

Contexto histórico

O contexto da escrita de João 2 acontece no início da trajetória extraordinária do Mestre Jesus. Um acontecimento atípico em um casamento de conhecidos, provocou o primeiro sinal que confirmava Jesus como o Messias.

Tudo o que está envolvido neste universo se submete ao Senhor, ou seja, o controle está nas mãos dele nas mais variadas situações imagináveis e inimagináveis.

Por isso, ele foi capaz de não só transformar a água em vinho, mas também realizar outros grandes feitos na sua estadia na Terra. Acompanhe a seguir o estudo completo de João 2.

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(João 2:1-2) A festa em Caná da Galiléia

v. 1 E no dia terceiro, houve um casamento em Caná da Galileia, e a mãe de Jesus estava lá;
v. 2 e também foram convidados Jesus e seus discípulos para o casamento.

O dia terceiro é, provavelmente, contado a partir do encontro de Jesus com Natanael. Caná da Galileia foi, mais tarde, o local do terceiro sinal de Jesus (“o segundo sinal” realizado em Caná; Jo 4:54.

Os casamentos judaicos eram eventos comunitários, um tempo de foco especial não apenas nos noivos, mas também em suas famílias ampliadas.

A mãe de Jesus pode ter sido uma amiga da família, ajudando nos bastidores. Os discípulos de Jesus, provavelmente, incluíam os cinco mencionados anteriormente em Jo 1:35-51.


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(João 2:3) A falta do principal da festa

v. 3 E, tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm vinho.

A falta de vinho na festa de casamento, ironicamente, faz lembrar a aridez espiritual do judaísmo do primeiro século.

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(João 2:4) Ainda não é chegada a minha hora

v. 4 Jesus lhe disse: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.

O uso que Jesus faz do termo mulher para se dirigir à Sua mãe estabeleceu entre eles uma distância educada, mas firme, como também Sua pergunta: tenho eu contigo? Sobre ainda não é chagada a minha (de Jesus) hora, Jo 8:20.

Em virtude de concepções erradas a respeito do Messias vindouro, Jesus escolheu não Se revelar abertamente a Israel (embora Ele realizasse numerosos “sinais” messiânicos; ver nota em Jo 2:11).

João retrata Jesus como o “Cristo elusivo” descrevendo o padrão de Jesus de retirada ocasional, (Jo 11:56-57), Seu realismo sobre a verdadeira motivação das pessoas e Sua capacidade de esquivar-se de Seus oponentes quando acusado de blasfêmia, (Jo 8:59), (Jo 10:39). Jesus permaneceu elusivo até Sua hora finalmente chegar (Jo 12:12), (Jo 13:1), (Jo 16:32), (Jo 17:1).

(João 2:5) Jesus no controle

v. 5 Sua mãe disse aos serviçais: Tudo quanto ele vos disser, fazei-o.


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As introduções de Maria, tudo quanto ele vos disser, fazei-o, lembram as instruções do Faraó em Gn 41:55.

(João 2:6) O passo a passo do milagre

v. 6 E estavam ali postas seis talhas de pedra, do tipo usado pelos judeus para as purificações, e em cada uma cabiam duas ou três metretas.

O número de potes (seis) pode indicar algo incompleto, visto que sete representava a plenitude. Uma vez que em cada talhas de pedra… cabiam duas ou três metretas (1 metreta = 39 litros), isso totalizaria no máximo uns 720 litros.

As purificações dos judeus podiam incluir a lavagem das mãos dos convidados e de alguns utensílios usados no casamento.

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(João 2:7) A abundância da provisão divina

v. 7 Este veio como testemunha, para dar testemJesus lhes disse: Enchei de água as talhas. E eles as encheram até a borda. 

As encheram até a borda aponta para a abundância da provisão messiânica (Jo 3:34).

(João 2:8-9) A transformação da água para o vinho

v. 8 E, ele lhes disse: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E eles o levaram.
v. 9 Quando o mestre-sala provou a água tornada em vinho, não sabendo de onde viera, (mas os serviçais que haviam tirado a água o sabiam), o mestre-sala chamou o noivo,

O mestre-sala pode ter sido o chefe dos garçons incumbido da alimentação. Ele supervisionava o serviço da comida e bebida, sendo ainda o encarregado pelos empregados da festa.

(João 2:10-11) O melhor ficou para o final

v. 10 e lhe disse: Todo homem , no princípio, apresenta bom vinho, e quando os homens já têm bebido bem, então o que é pior; mas tu guardaste o bom vinho até agora.

O fato de a transformação da água em vinho no casamento ser chamada de começo de milagres, leva o leitor a esperar mais sinais à frente.

A referência correspondente em Jo 4:54 é à cura do filho de um oficial do rei, mais uma vez, enquanto Jesus estava em Caná, “o segundo sinal miraculoso que Jesus realizou depois que veio da Jedeua para a Galileia”.

Além desses, os sinais de Jesus compreendem a purificação do templo, não miraculosa, mas profética (Jo 2:13-22; um dos sinais de Jesus da Judeia; cp. v. 23; Jo 3:2); a cura de um paralítico (Jo 5:1-15); a alimentação das multidões (Jo 6:1-15); a cura do cego de nascença (João 9) e a ressurreição de Lázaro.

Em cada caso, a ênfase está na forma como o “sinal” revela a natureza messiânica de Jesus, (Jo 20:30-31) e no aspecto surpreendente da façanha.

Esses sinais apontavam, de maneira inequívoca, para Jesus como o Messias – seja a grande quantidade ou a alta qualidade do vinho (Jo 2:6); o curto espaço de tempo requerido por Jesus para “levantar” o templo (v. 19-20); a cura à longa distância do filho do oficial do rei (Jo 4:47-50); os 38 anos de invalidez do paralítico (Jo 5:5); a abundância da alimentação que Jesus forneceu (Jo 6:13); a cegueira congênita do homem ou os quatro dias de Lázaro no sepulcro.

As expressões manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele remontam a Jo 1:14.

(João 2:12) Cafarnaum: um lugar estratégico

v. 12 Depois disto, ele desceu para Cafarnaum, ele, e sua mãe, e seus irmãos, e seus discípulos; e eles não ficaram ali por muitos dias.

Jesus desceu de Caná (na região montanhosa) para Cafarnaum (situada junto ao mar da Galileia). Cafarnaum ficava a aproximadamente 24 quilômetros a nordeste de Caná e dava para se chegar lá após um dia de caminhada.

A cidade serviu como quartel general de Jesus após a prisão de João Batista (Mt 4:12-13), (Lc 4:28), (Mt 9:1).

(João 2:13) A ida de Jesus para Jerusalém

v. 13 E, estando próxima a páscoa dos judeus, Jesus subiu para Jerusalém.

Essa é a primeira referência a uma festa judaica no Evangelho de João e a primeira referência à Páscoa. Mais adiante, o evangelista se refere a mais duas Páscoas em Jo 6:4 (Jesus na Galileia) a última Páscoa de Jesus em Jerusalém.

Além dessas, Mt 12:1 pode se referir a outra Páscoa não registrada em João. Se for assim, o ministério de Jesus inclui quatro Páscoas e se estendeu por aproximadamente três anos e meio, indo de 29 a 33 d.C.

Além dessas referências a Páscoas, João também menciona as atividades de Jesus em uma festa judaica cujo nome não se menciona em Jo 5:1 (possivelmente a festa dos tabernáculos); na festa dos tabernáculos (ou das cabanas) em Jo 7:2 e na festa da Dedicação (ou Hanucá).

As pessoas são descritas como subindo para Jerusalém porque ela se localizava em um ponto mais alto do que a Galileia.

(João 2:14-16) A desonra a Deus feita no templo

v. 14 E encontrou no templo aqueles que vendem bois, ovelhas e pombas, e os cambistas assentados;

v. 15 e, tendo feito ele um chicote de pequenas cordas, expulsou todos do templo, e as ovelhas e os bois; e derramou o dinheiro dos cambistas, e derrubou as mesas,

v. 16 e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de comércio.

O templo (Gr hireon) refere-se a toda área em torno do templo inclusive o pátio dos gentios em contraste com o templo propriamente dito (Gr naos).

Mercadores (que vendem bois, ovelhas e pombas) e cambistas (trocando moedas maculadas com estampas pagãs por moedas sem ídolos) aliviavam a carga logística dos peregrinos que viajavam para Jerusalém, vindos de longe, fornecendo-lhes animais apropriados e moedas para sacrifícios e ofertas.

Todavia, ao realizarem seu negócio dentro do pátio do templo, eles perturbavam a adoração (esp. a dos gentios) e obstruíam o propósito do templo.

(João 2:17) O zelo da tua casa me devorará

v. 17 E lembraram-se os seus discípulos de que está escrito: O zelo da tua casa me devorará.

A ação de Jesus para a purificação do templo fez com que Seus discípulos se lembrassem do justo sofredor de (Sl 69:9).

Os judeus do primeiro século esperavam que o Messias purificasse e reconstituísse o templo. Jesus se preocupava fervorosamente com a santidade e pureza da casa de Deus.

(João 2:18-20) O templo construído em 3 dias

v. 18 Então, responderam os judeus, dizendo-lhe: Qual sinal tu nos mostras, vendo que tu fazes estas coisas?

Em quarenta e seis anos foi edificado este templo, parece indicar que a reconstrução do segundo templo levou 46 anos. Alternativamente, pode-ser ler: “Este templo foi completado há 46 anos atrás (e está de pé desde então)”.

Os judeus ficaram surpresos quando Jesus declarou que iria levantá-lo em três dias, um tempo impossivelmente curto. A má compreensão é esclarecida no versículo 21.

(João 2:21-22) A morte e a ressurreição de Cristo

v. 22 Quando, pois, ele foi ressuscitado dentre os mortos, lembraram-se os seus discípulos de que ele dissera isto; e creram na escritura, e na palavra que Jesus disse.

A escritura pode ser o (Salmo 69:9) citado em (Jo 2:17). A palavra que Jesus disse se refere ao versículo 19.

(João 2:23-25) Jesus conhece sua intenção

v. 23 Ora, estando ele em Jerusalém durante a festa da páscoa, muitos creram no seu nome ao ver os milagres que ele fazia.

v. 24 Mas o próprio Jesus não se confiava a eles, porque conhecia a todos os homens.

v. 25 E não necessitava de que alguém desse testemunho de homem, porque ele conhecia o que havia no homem.

Creram… não se confiava é um jogo de palavras no original grego. O conhecimento que Jesus possuía do coração das pessoas foi manifestado nos encontros que teve com Nicodemos e com a mulher samaritana, ver nota no versículo 4.

A maior parte dos capítulos 3 e 4 é dedicada aos encontros de Jesus com Nicodemos, um representante do sistema religioso judaico, e com uma mulher, cujo nome não é mencionado, que representava a religião samaritana.

De forma intercalada estão seções explicativas (Jo 3:16-21) e uma vinheta sobre João Batista (Jo 3:22-30). Os encontros com Nicodemos e com a mulher samaritana apresentam alguns contrastes.

A posição de Nicodemos como membro Sinédrio difere nitidamente da humilde mulher samaritana que tinha um passado e um presente pecaminosos.

Em ambos os casos, no entanto, Jesus discerniu uma profunda necessidade espiritual. Ele confrontou Nicodemos acerca de sua necessidade de regeneração e a mulher acerca de seu pecado.

5 importantes lições que podemos aprender em João 2

  1. A Importância da Obediência: Jesus realiza Seu primeiro milagre, transformando água em vinho, após a obediência de Maria, Sua mãe, e dos servos que seguiram Suas instruções. Isso destaca a importância de obedecer aos ensinamentos de Jesus em nossas vidas.
  2. Cuidado com a Religião Vazia: Jesus confronta os comerciantes do templo, que transformaram a casa de oração em um local de comércio. Isso nos lembra da importância de manter a santidade e reverência nos lugares de culto e de não permitir que práticas religiosas vazias substituam a verdadeira adoração a Deus.
  3. A Fé dos Discípulos: Após testemunharem o primeiro milagre de Jesus, os discípulos começam a crer nele ainda mais. Isso ressalta a importância da fé em Jesus e como os milagres podem fortalecer nossa fé e confiança Nele.
  4. A Manifestação da Glória de Jesus: O milagre em Caná manifesta a glória de Jesus, revelando Sua divindade e poder sobre a natureza. Isso nos lembra que Jesus é o Filho de Deus e que Ele tem autoridade sobre todas as coisas.
  5. Templos do Espírito Santo: Jesus profetiza Sua própria ressurreição quando fala sobre reconstruir o templo em três dias. Isso aponta para Sua morte e ressurreição, além de nos lembrar que, como seguidores de Cristo, nossos corpos são templos do Espírito Santo e devem ser santificados para a glória de Deus.

Conclusão

Por fim, João 2 carrega uma mensagem crucial para não só vivermos os milagres de Jesus, mas também para sua glória.

Enquanto Maria, mãe do nosso Senhor, estava sob o controle da situação, nada pode ser feito para solucionar o problema em questão. Isso porque, Jesus não age onde ele é coadjuvante, mas sim onde ele é protagonista.

Além disso, a conduta das pessoas no templo deixava claro que seu intuito ali não era glorificar ao Senhor, mas os seus próprios interesses, o que fez Jesus ficar completamente indignado.

Dessa forma, seja alguém cristocêntrico, isto é, alguém que coordene todas as ações da sua vida à vontade do Senhor.

A transformação de Deus na vida do crente, nos mais diversos aspectos, só acontece quando Deus e seu Filho Jesus são colocados em seus devidos lugares, como a nossa prioridade.

João 2 estudo.

Sobre o Autor

Olá, me chamo Lázaro Correia, sou Cristão, formado em Teologia e apaixonado pela Bíblia. Aqui no Blog você vai encontrar diversos estudos Bíblicos e muito conteúdo sobre vida Cristã.

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